MP espanhol recorre da liberdade provisória de Daniel Alves; jogador busca recursos financeiros para pagar fiança milionária

CAPA PLACAR ESPORTIVO 68

O caso envolvendo o jogador de futebol Daniel Alves continua a gerar repercussão, com o Ministério Público espanhol recorrendo na última sexta-feira da decisão da Justiça de Barcelona que concedeu liberdade provisória ao atleta mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,4 milhões).

Os promotores do MP espanhol argumentam que existe o risco de fuga, citando que Daniel Alves foi condenado a uma pena de prisão de quatro anos e seis meses. Embora a Justiça espanhola tenha aceitado o pedido de liberdade provisória na quarta-feira anterior, o jogador não efetuou o pagamento da fiança e permanecerá detido até que isso seja feito.

O prazo para o pagamento da fiança expira às 14h no horário local (10h de Brasília) de cada dia útil. A defesa de Daniel Alves solicitou uma prorrogação de uma hora, concedida pelo Tribunal de Barcelona, mas não conseguiu realizar a transferência a tempo.

Segundo informações do jornal catalão “La Vanguardia”, a defesa de Daniel Alves está buscando um empréstimo bancário para garantir a liberação do jogador. Enquanto alguns bancos se recusaram a conceder o empréstimo por questões de reputação, outros teriam se comprometido a ajudar, embora as negociações tenham enfrentado obstáculos.

Inicialmente, especulou-se que o pagamento da fiança seria feito pelo pai de Neymar, Neymar da Silva Santos, porém ele negou envolvimento. Familiares e amigos de Daniel Alves estão correndo para juntar o montante necessário.

Além das dificuldades financeiras, Daniel Alves enfrenta bloqueios de valores devido a uma disputa judicial com a ex-esposa no Brasil, relacionada à pensão alimentícia dos filhos. Na Espanha, seus bens também foram bloqueados desde a acusação de agressão sexual.

O jogador foi condenado por agressão sexual a uma mulher de 23 anos em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022. Após um julgamento que durou três dias em fevereiro de 2024, o Tribunal de Justiça de Barcelona anunciou uma sentença de quatro anos e meio de prisão, além de cinco anos de liberdade vigiada.

O processo ainda está em curso, com recursos tanto da defesa de Daniel Alves, que pede absolvição, quanto do Ministério Público e dos advogados da vítima, que demandam uma pena máxima de 12 anos. A expectativa é que os recursos sejam deliberados nos próximos meses, podendo até chegar ao Tribunal Supremo da Espanha.