No duelo do ataque mais poderoso contra a defesa menos vazada quem levou a melhor foi o Anápolis, do técnico Ângelo Luiz, que venceu o Vila Nova por 2 a 0, no estádio Jonas Duarte, pelo jogo de ida da final do Campeonato Goiano. Locatelli e Samuel Michels marcam os gols do Galo da Comarca, que ficou a maior parte do confronto com um jogador a menos, suportou bem a pressão colorada, e vai com grande vantagem para o jogo de volta no próximo domingo no estádio Serra Dourada.
O Tricolor poderá perder até por um gol de diferença que mesmo assim ficará com o título. Caso isso aconteça, seria o segundo na história do Anápolis, que levantou a taça estadual em 1965; além do troféu de campeão goiano do interior, uma novidade no regulamento, e que foi conquistado automaticamente por já ter chegado na decisão deste ano.
Mas não foi nada fácil para o Anápolis sair de campo com a mão na taça. Na verdade, foi difícil até ter bola rolando. Devido a forte chuva que caiu na cidade de Anápolis, o campo do estádio Jonas Duarte ficou alagado e o jogo começou com atraso de mais de uma hora. Para piorar, o atacante Rubinho foi expulso ainda no primeiro tempo deixando a equipe anapolina com um jogador a menos.
Mesmo com a maior posse de bola no início do jogo, o Vila Nova não criou muito e a primeira grande chance do jogo foi do Anápolis, aos nove minutos. Caxambu cruzou na cabeça de Ariel, que mandou no ângulo, mas o goleiro Halls fez ótima defesa.
A situação começou a se complicar para os donos da casa aos 19 minutos, quando o centroavante vilanovense Gabriel Poveda girou bem para cima de Rubinho e sofreu falta na entrada da área. Inicialmente, a arbitragem marcou pênalti.
Porém, após revisão do VAR, o árbitro Gabriel Queiroz marcou falta fora da área e expulsou Rubinho, do Anápolis, por ser o “último homem”, e ter impedido chance clara de gol. Com um jogador a mais, o time do técnico Rafael Lacerda se lançou ao ataque, mas sem efetividade. Por isso, o primeiro tempo terminou 0 a 0.
Cansado e sobrecarregado em função da desvantagem numérica, o Anápolis pouco criou na maior parte da segunda etapa, explorando mais os contra-ataques. O jogo parecia ficar mesmo no empate sem gols, porém, nos acréscimos, o Anápolis contou com as boas substituições do técnico Ângelo Luiz e a estrela de Samuel Michels, eleito o “Craque do Jogo”.
Aos 46 minutos João Vieira, do Vila Nova, perdeu a bola, e Cardoso, que acabara de entrar, chutou para um rebote do goleiro Halls. Na sequência do lance Samuel Michels cruzou, e Locatelli, que também acabara de sair do banco, abriu o placar: 1 a 0 Anápolis.
Logo depois, em outro lance envolvendo Halls, o goleiro vilanovense tentou sair jogando do gol após um recuo, mas dominou mal e perdeu a bola. Samuel Michels conduziu até dar um belo chute por cobertura, fazer um golaço, e fechar o placar: 2 a 0 Anápolis e festa da torcida que lotou o estádio e permaneceu mesmo depois de um temporal.
POR MARCELO DURÃES