Um Marco na História da Aviação e do Automobilismo

Ayrton Senna, o lendário tricampeão mundial de Fórmula 1, transcendeu as pistas de corrida e desafiou os céus em uma experiência inesquecível. Em 1987, na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro, Senna realizou seu primeiro voo em um caça da Força Aérea Brasileira (FAB), um momento que ficaria gravado para sempre na memória dos brasileiros.

A bordo do imponente F-5B, Senna viveu a emoção de romper a barreira do som e experimentar a velocidade incrível que apenas os céus podem proporcionar. Com o Mirage III, a aeronave supersônica, Senna atingiu a impressionante velocidade de Mach 1.4, equivalente a 1.728 km/h, a uma altitude de 36 mil pés, aproximadamente 11 quilômetros acima do solo.

Um Relato de Velocidade e Emoção

“Eu nunca passei por uma reta tão rápido. Agora eu sei o que é velocidade.”, declarou Senna ao experimentar a sensação única de pilotar o Mirage III.

O voo foi conduzido pelo Tenente-Coronel Alberto de Paiva Côrtes, que testemunhou a empolgação de Senna ao sentir a adrenalina da velocidade supersônica. Senna estava determinado a experimentar uma nova dimensão de velocidade, indo além dos limites das pistas de corrida.

Um Legado Imortalizado nos Céus

A experiência de Senna com o Mirage III ficou eternizada nos registros da Força Aérea Brasileira. O caça FAB 4904, utilizado nesse voo histórico, está em exposição no Museu Aeroespacial (MUSAL), no Rio de Janeiro. Na fuselagem do avião, os nomes dos tripulantes e a data desse voo memorável, 29 de março de 1989, permanecem como testemunho do legado de Ayrton Senna.

Ayrton Senna não apenas acelerou nas pistas de corrida, mas também desafiou os limites da velocidade e da emoção nos céus, deixando um legado que continua a inspirar gerações.