Jogadores bateram boca em Guayaquil
Ainda no Estádio Monumental de Guayaquil foi possível perceber que as coisas não andam nada bem no Corinthians. Internamente existem vários problemas e a derrota humilhante para o Barcelona foi apenas o estopim para que o clima de animosidade pudesse vir a público.
Em Guayaquil, no Equador, onde a equipe foi derrotada pelo Barcelona, por 3 a 0, pela Conmebol Libertadores, o vestiário alvinegro foi palco de um bate-boca entre jogadores durante o intervalo. Segundo relatos de pessoas que acompanham o dia-a-dia do Corinthians, não é a primeira vez que os atletas discutem entre si neste temporada.
Foi necessária a intervenção do diretor executivo de futebol Fabinho Soldado para que a situação não terminasse em agressões físicas. Um dos mais irritados era Memphis Depay. Relatos dão conta de um ambiente cheio de irritação e cobranças acaloradas. Fabinho já havia notado algo estranho no túnel e ao entrar nos vestiários constatou um grande clima de animosidade.
Tão grande ao ponto que foi preciso Fabinho pedir calma aos atletas. Além do atacante Memphis Depay, que já havia demonstrado incômodo no gramado, ao final do primeiro tempo, Matheuzinho e Breno Bidon também elevaram o tom das cobranças entre si.
Único a passar pela zona mista e conceder entrevistas, o capitão Romero tentou amenizar. O paraguaio pediu a palavra no vestiário, na tentativa de trazer um pouco de paz ao grupo. Essa, porém, não foi a única treta do ano. Também pela Libertadores, quando o Corinthians enfrentou a Universidad Central, na Venezuela, ouve desavenças.
“Depois do jogo, só faltou a gente sair na mão entre nós, tá ligado (sic)? É uma cobrança que temos que fazer entre nós porque sabemos da nossa capacidade. Infelizmente, não produzimos nem 1% daquilo que podemos produzir”, confessou o lateral Matheuzinho, em entrevista recente ao PodPah.
TRAJE DE GALA
Quem também chamou a atenção na goleada sobre o Corinthians foi o técnico do Barcelona, Segundo Castillo, de 42 anos. À beira do gramado, ele impressionou os torcedores, em especial os visitantes. O motivo? O estilo do comandante, que utilizou roupa de gala: paletó e colete brancos, com detalhes pretos e uma gravata borboleta preta.
Castilho é um dos grandes nomes do futebol equatoriano. Como jogador, defendeu a seleção sul-americana na Copa do Mundo de 2006, quando chegou às oitavas de final. Revelado pelo Espoli do Equador, atuou também no Estrela Vermelha, da Sérvia, além de Everton e Newcastle, da Inglaterra. Encerrou a carreira 2020, no Guayaquil City.
Antes, passou pelo futebol mexicano, saudita e pelo próprio Barcelona, entre 2016 e 2018. Castillo está no comando do Barcelona desde 2024. Mas não foi a primeira em que o treinador utilizou trajes finos. Quando foi anunciado pelo novo clube, utilizou colete e boina.
Por Marcelo Durães
